terramoto de 1755
Há 250 anos, a capital do império lusitano sofreu um rude golpe...
Uma série de abalos, que se sabe hoje terem atingido os 8,7 graus na escala de Richter destruiu quase por completo aquela que era considerada como uma "das mais opulentas capitais da europa".
Ao sismo seguiu-se um maremoto e mais tarde os incêndios, resultando na defesa, principalmente por parte do clero, da teoria de castigo diviino. De facto, segundo relatos da época, Lisboa era uma cidade rica e suja, uma "formosa estrebaria", onde só se saía à rua "munido de uma cruz contra o Diabo e de uma espada contra os homens".
O turbilhão politico que se seguiu permitiu a ascensão ao lugar de "primeiro-ministro" - figura não existente à altura - do Marquês de Pombal, com o resultante impeto de reconstrução e progresso, mas também de opressão e enriquecimento ilícito que hoje se lhe reconhece...
O próprio castelo de Leiria, abandonado há longos anos (à data do terramoto), sofreu com o sismo e com as 250 réplicas que se fizeram sentir nos seis meses seguintes. Estado de abandono este que terminou apenas no início do século XX, graças ao trabalho da Liga dos Amigos do Castelo e do arquitecto Ernesto Korrodi.
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