dia da poesia (ao retardador...)
Da margem esquerda da vida
Da margem esquerda da vida
Parte uma ponte que vai
Só até meio, perdida
Num balo vago, que atrai.
É pouco tudo o que eu vejo,
Mas basta, por ser metade,
P'ra que eu me afogue em desejo
Aquém do mar da vontade.
Da outra margem, direita,
A ponte parte também.
Quem sabe se alguém ma espreita?
Não a atravessa ninguém.
Reinaldo Ferreira
2 comentários:
"Num balo vago, que atrai."
É balo ou halo? è que nunca cheguei a perceber.....
boa questão.
a minha edição diz "balo" (como em balido) mas se calhar "halo" faz mais sentido, de facto...
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