24 março 2008

dia da poesia (ao retardador...)

Da margem esquerda da vida

Da margem esquerda da vida
Parte uma ponte que vai
Só até meio, perdida
Num balo vago, que atrai.

É pouco tudo o que eu vejo,
Mas basta, por ser metade,
P'ra que eu me afogue em desejo
Aquém do mar da vontade.

Da outra margem, direita,
A ponte parte também.
Quem sabe se alguém ma espreita?
Não a atravessa ninguém.



Reinaldo Ferreira

2 comentários:

r. disse...

"Num balo vago, que atrai."
É balo ou halo? è que nunca cheguei a perceber.....

Anónimo disse...

boa questão.

a minha edição diz "balo" (como em balido) mas se calhar "halo" faz mais sentido, de facto...