12 setembro 2008

sonho de uma noite de verão

O fim do solo do Miles traz-me de volta à realidade, imerso na luz suave espalhada pelo candeeiro no canto da sala. Na rua é de noite. Cá dentro lembro-me do vinho no decantador.

Não sei há quanto tempo estás assim, olhando para fora, a silhueta recortada contra a janela aberta por onde vai entrando uma brisa quente talvez por causa dos fogos de Agosto... ainda que eu desconfie que é o contacto com o teu corpo que a aquece.

Sinto-te um ligeiro estremecer quando ouves o som do vinho a cair no copo, mas manténs-te de costas voltadas, olhos no firmamento (ou será ao contrário?). Não te consigo ver o rosto, por isso prefiro acreditar que estás a sorrir.

Humm... perfeito. Este vinho sabe-me a tranquilidade.

2 comentários:

Anónimo disse...

Bom...muito bom!!!
**

Anónimo disse...

O Miles, a luz, a noite, o vinho, o calor, o firmamento, um suposto sorriso, a tranquilidade e tu, meu querido, a escreveres tão bem!
Subscrevo: "Bom... muito bom!!!"