dignidade
«O que de mais fútil há no homem», pensou ele, «é esta busca de dignidade.» Essa gente toda a procurar ser digna! Digna de quê? Se a história da humanidade não passava dum longo pesadelo sanguinário, era justamente por causa de semelhantes tolices. Como se o facto de se estar vivo não fosse em si uma dignidade. Só os mortos são indignos, e Gohar só estimava os heróis vivos. Estes, por certo, não se perturbavam com essas lérias da dignidade.
extraído de "Mendigos e Altivos", de Albert Cossery
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